domingo, 11 de novembro de 2012

Texto de Renata Piza na Elle de Novembro

Yuppie, Yuppie, Hurrah !

Que vira e mexe os anos 80 voltam á moda ,todo mundo já sabe.Mas eis que, além das cores fluo,formas grandes e bijoux maiores ainda, a década do exagero volta também no jeito de encarar a moda. Sinônomo de status da geração yuppie(young urban professinal), as logomarcas saíram do armário para tomar conta das ruas., quanto mais evidente, melhor.Depois vieram os 90, quando o minimalismodeu o tom e a discrição pegava bem. Agora, em 2012, quando a economia dá sinais de começar a se recuperar, a busca por logos e objetos personalizados com o próprio nome da dona grudou na pele, nas bolsas e nas roupas das mulheres mundo afora. No Brasil, com a entrada em massa das grifes internacionais, o fenômeno fica ainda mais evidente. Basta circular por um grande shopping de São Paulo ou pelo Leblon, no Rio de Janeiro, para dar de cara com Birkins,Speeds,Smiles e outras it-bags que tem nome, pedigree e custam, em alguns casos, pequenas fortunas. Ou entrar em um blog e ver a descrição do look do dia de meninas que adoram contar que seu sapato é Louboutin ou Valentino. Para quem trabalha com moda, esse excesso, paradoxalmente, desperta cansaço. "Fujo das it-bags" ,diz a diretora de moda de ELLE, Susana Barbosa. "Não gosto de ter algo que todo mundo está usando simplesmente porque parece bacana usar".
Para a maioria das pessoas, porém essa revalorização das labels nunca esteve tão em alta. Esmalte grifados, por exemplo, se transformaram nos novos objetos de desejos, mesmo quando as cores estão à disposição em marcas muito mais baratas. Aparentemente, o que vale é contar para a amiga que o esmalte é Chanel ,e não almejar um tom diferente. Claro que ter peças de grife sempre foi e continuará sendo um sonho de consumo, principalmente se levarmos em conta a qualidade delas- leia-se matéria-prima melhor e acabamento idem. Mas pessoalmente, acredito na máxima "você não é o que você veste". Virar garota-propaganda de labels com o único objetivo de ostentar não é cool. É brega.
E como toda modinha, você ainda corre o risco de encontrar alguém  vestida da mesma maneira e ficar parecendo integrante de torcida uniformizada. A overdose de etiquetas, em geral, não mostra coeficiente fashion. Demonstra, para quem está acostumada com a coisa (vide as francesas, que convivem com a moda desde Luís 14), a humana,demasiada humana insegurança que paira sobre nós, especialmente na adolescência. Está na hora de crescer.
     Renata Piza !!!!

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